quarta-feira, 2 de março de 2016

O que ficou por dizer sobre a CED em Sines

Os que me conhecem, sabem que não sou mulher de meias palavras e que, trato de frente não só a minha vida mas, também, as minhas opiniões. Não sou nem pretendo ser "politicamente correcta" ou a "boazinha" das histórias. 
Impulsiva? Perspicaz? Amante de causas? Temperamental? Pacificadora? Negociadora? Com muito para aprender? Com uma vida cheia de tentativas, erros e sucessos? 
Admito. Sou tudo isso  e muito mais que se queira dizer, porque sou inteira, livre pensante, tenaz, determinada, lutadora e uma eterna aprendiza das coisas da vida, do mundo que me rodeia e sobretudo das pessoas.
Não digo, como a muitas pessoas a quem já ouvi dizer, que não quero nada com as pessoas porque elas me desiludem. Não; Nada disso. Gosto das pessoas porque sou uma delas. Gosto de pessoas porque são um desafio constante aos meus, já adultos e teimosos neurónios. As pessoas são uma escola; Melhor; As pessoas são uma verdadeira universidade, desde que, queiramos estudar. Basta ser uma e querer.
Este preâmbulo é importante quando pretendo defender a justiça de palavras que, escritas ou escaramuçadas, ficaram, foram lidas e magoaram muitas pessoas dedicadas à causa dos animais, sem que NINGUÉM de direito, viesse repor o "seu a seu dono".
A notícia é importante. Devassar a notícia é obsceno. Sobretudo se está em causa o trabalho dedicado de terceiros e a verdade dos factos é distorcida.
Palavras leva-as o vento mas as acções ficam para quem as pratica.

A todas/os as/os cuidadoras/es particulares, sem excepção, que há anos, gastam os seus parcos recursos para alimentar, tratar (incluindo clinicamente), dar abrigo, mimar e mandar incinerar quando é caso disso, o meu agradecimento sem limite.


"Campanha de esterilização combate o excesso de gatos Iniciativa da Associação Abrigo dos Animais de Sines. 
O excessivo número de gatos errantes e de inúmeras colónias que surgiram nos últimos meses na cidade de Sines conduziu a uma campanha de esterilização que arrancou na semana passada, a cargo da Associação Abrigo dos Animais de Sines.

O fenómeno é preocupante e, em todo o município, estão identificados entre 1000 e 1500 animais. "É um número assustador mas real. Por isso tem de ser feito um trabalho intensivo com estes animais porque está em causa a saúde pública", explica Joana Ferreira, presidente da associação que recentemente assinou um protocolo com a Câmara de Sines com a finalidade de implementar uma política de controlo permanente de gatos no espaço público. "O protocolo está em vigor durante um ano mas queremos fazer as esterilizações no espaço de seis meses e com isso reduzir o número de animais e de colónias que estão doentes", revela a responsável. 

Ninhadas indesejadas, cheiro intenso e lutas constantes que provocam ferimentos e doenças entre os animais, são algumas das preocupações das responsáveis da associação. "É um trabalho inglório para quem se dedica a esta causa porque os animais que estão doentes precisam de apoio clínico e nós tentamos minimizar o problema mas sem castração é impossível", defende Neide Messias. 

A campanha teve início no dia 12 de janeiro, sob a orientação do veterinário municipal. Prevê a captura dos animais que vivem nas colónias e a sua esterilização com o apoio de uma clínica veterinária que realiza as cirurgias. Terminado o recobro, os animais são devolvidos à rua e às cuidadoras da associação que inspecionam diariamente as colónias para garantir o seu bem-estar. "O último passo é adotar os que ficarem tratados. Há animais muito meiguinhos", garante Joana Ferreira."

em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/sociedade/detalhe/campanha_de_esterilizacao_combate_o_excesso_de_gatos.html