quarta-feira, 9 de março de 2011

Ah! Perfeição, essa madrasta.


Esta coisa de ser “blogueira” tem os seus contratempos. O que à partida parece ser tarefa fácil acaba por nos trair; Requer uma disciplina que, mea culpa, definitivamente, não tenho.
Gosto imenso de escrever mas, não raras vezes, sou assolada por uma preguiça súbita que me tolda a vontade. O quê! Não sou perfeita.
E é exactamente sobre a perfeição que me apetece escrever.
É frequente, no meu dia-a-dia, deparar-me com pessoas cuja perfeição me faz sentir um poço de defeitos! Fisicamente equilibradas (até a natureza é pródiga, neste pessoal), egos elevadíssimos, apresentação exemplar e um dedo (deverei dizer dedos?) sempre prontos a apontar à mais pequena imperfeição! Perfeição absoluta - física, mental e social - como se a simples existência dos demais mortais, fosse um verdadeiro estorvo para semelhantes exemplares. Dou comigo a pensar nas milhentas formas que teria para alcançar um nível tão… “nariz empinado” e uma sapiência tão… “franciscana” (que me perdoem os franciscanos!) Conseguem detectar, aqui, uma pontinha de inveja? Pois claro! Afinal não sou perfeita. Assumo, gloriosamente, esta invejazinha que faz de mim um ser humano imperfeito nas suas perfeições. Ah! Como adoro os meus erros que, imperfeitamente, me conduzem num caminho tortuoso e gratificante pela dignidade de ser, apenas, eu.

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