quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Não me tirem os coffee-breaks

Não sei se é comum a todos nós mas, no meu local de trabalho, fazemos coffe-breaks o que, em bom português, significa pausas para o café. 
O que é interessante é que a cada dia que passa, me vejo a desejar a chegada daqueles 15 minutos, que passam a voar. É que o meu coffee-break tornou-se, com o tempo, em deliciosos momentos de saudável convivência e animada conversa, entre colegas.
São momentos de relaxe, em que se trocam ideias e sugestões, tiram-se dúvidas, acalmam-se ânimos mais susceptíveis e, mais do que isso, se partilham experiências de vida. São momentos de troca.
Se estes momentos são úteis profissionalmente? Provavelmente não, se analisados à luz de uma sociedade cada vez mais centrada no economicismo, mais do que no factor humano.
Tornámo-nos máquinas de produção em série, seja lá do que for. Esquecemos, nesta azáfama desenfreada, de que somos pessoas; Que temos sentimentos e emoções; Que somos cada vez mais iguais nas nossas diferenças e que, hoje mais do que nunca, passamos mais tempo com os colegas de trabalho do que com as nossas famílias. Afastamo-nos de nós e dos outros e nem percebemos, muito bem, porquê!
Não é, pois, de estranhar, que uns meros momentos de pausa no trabalho, se transformem em momentos de alguma cumplicidade e de partilha.
Não precisamos andar aos beijinhos e abracinhos; Não precisamos de palmadinhas nas costas; Não precisamos de estar sempre de acordo ou, sequer, de sorriso rasgado. Precisamos sim de nos olharmos nos olhos dos outros e vermos o que existe dentro de nós.
Se eu poderia passar sem os coffee-breaks? Claro que sim mas ficaria bem mais pobre.

1 comentário:

Welwitschia disse...

São úteis sim, o coffee break quanto a mim faz parte de uma estratégia de team building. é tão essencial como o tempo de trabalho ao promover o companheirismo, a igualdade e o convivio entre colegas. Tiram-nos tudo, não nos tirem o momento da café!