sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Pequeno, grande prazer

Embirro solenemente com o Inverno. Nada há que me incomode mais do que a chuva acompanhada de vento num dia tipicamente invernio. Daí que, nestes últimos dias, o meu sorriso se tivesse alargado de orelha a orelha a partir das 10 horas da manhã. 
Saio de casa, nem sempre pontualmente, devo confessar, e faço o percurso rotineiro até ao trabalho. Tiro um café daquelas máquinas sorvedouras de moedas. Por vezes, fico com a sensação que esteve conservado desde a época das descobertas, senão de épocas mais recuadas, tal o sabor. Sento-me à secretária, de costas para uma janela envidraçada e começo o meu dia de trabalho com um vício de, aproximadamente, 40 anos. É o lenitivo para o dia longo de papelada que começa.
Ultimamente, mais do que uma necessidade, o meu trabalho tornou-se um imenso prazer. A razão é simples. Às 10 horas inicio um namoro silencioso com o sol. Abro os estores e deixo entrar aquela luz calorosa que me afaga, sem pudor, durante 3 maravilhosas horas.
Esqueço que é Inverno; Esqueço o facto de ter, forçosamente, que lidar com quilos de papel; Esqueço o frio e deixo-me levar pelo prazer puro e simples de um dia ensolarado.

1 comentário:

Welwitschia disse...

A vida é mesmo isto: os pequenos prazeres, e a felicidade de os poder apreciar.