segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Aos meus amigos

Lembro-me bem quando comecei a explorar, timidamente, este universo fantástico que é a internet. 
Quase a medo, aos pulinhos por aqui e ali (como se eu pudesse andar aos pulinhos!), fui-me embrenhando, cada vez mais, num autodidatismo de "geringonças" e de como "geringonçar" com as loucas maquinetas que, paradoxalmente, tanto nos aproximam como nos afastam.
Inicialmente (já lá vão umas generosas dezenas de anos) foi, mesmo, curiosidade. Na ocasião era professora. Com saudade recordo os meus maravilhosos alunos (a quem um dia, aqui, prestarei uma digna homenagem) que tiveram a infinita paciência de me levar por bons caminhos e me ensinaram o significado de palavras como: formatar, disquete, compactar, configurar, sistema operativo, célula e milhentas outras.
Graças a eles comecei a ter o "bichinho" pelas "geringonças" e pelo mundo desconhecido e oculto das maquinetas. Aprendi fazendo.
Surgiu a internet e tudo mudou. Explorei as redes sociais, os blogs, encontrei amigos perdidos há uma "eternidade" e com eles pude, enfim, tirar da minha "caixa de pandora" as memórias que, obstinamente, havia guardado.
Foi um percurso longo, marcado, suado, dorido, lutado e vencido. Sempre disse que pertenço a uma geração de "guerreiros sobreviventes". 
34 anos se passaram e eis que uma rede dá-me, de mão-beijada, o reencontro com os amigos de bairro (como disse um deles) que tantas vezes havia procurado.
Para eles a gratidão de não ter sido esquecida, como o não foram por mim.

Abro as minhas mãos
E solto ao vento
O meu papagaio de papel.
Eleva-se a minha alma,
Livre
Em volteios bruscos.
Quebra-se a amarra
E surge o infinito
Quando fecho os olhos,
Sorrindo.
Amanhã, vou trazer
Outro papagaio de papel.

2 comentários:

Unknown disse...

Só pra dizer que papagaio de papel, lá no tal bairro ,era "joeira" . :)
Vou chatear muito por aqui . Prometo !
Beijinhos e felicidades para o blog.

Mindinha Cadão disse...

Que o teu papagaio
construído de papel de seda
como são feitos os sonhos de menina
preso em soberbos laços de ternura
voando tão forte mas suavemente
com a força da coragem e da fé
voe tão alto até tocar as mãos de Deus
Mindinha Cadão 1-11-10